"Santinho é constituído por metonímia, já que o "santinho" religioso estampa uma pequena imagem que representa a figura humana de Cristo, da Virgem Maria ou de um santo, na publicidade política deu-se também o nome de "santinho" a um pequeno prospecto de propaganda eleitoral com retrato e número a cargo público. Além do retrato e do número que, geralmente, vêm na frente do santinho, no verso costuma-se colocar a proposta política e/ou o currículo do candidato, comumente numa linguagem de tom/estilo de convencimento, uma vez que o objetivo desse volante é fazer o eleitor votar no candidato estampado no santinho. Um slogan geralmente compõe o texto total de tom propagandístico do candidato".
COSTA, Sérgio Roberto. Dicionário de gêneros textuais. 2. ed. rev. ampl. - Belo Horizonte: Autêntica, 2009, p.184.
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Imagem retirada do site: http://www.tse.jus.br/eleitor/glossario/termos/santinho |
Tão diferentes dos atuais, em saber que estes dois modelos de santinhos em formato de selos eram vendidos nas ruas por cabos eleitorais dos candidatos, hoje, distribuídos à sociedade de forma gratuita e exacerbada. Em uma época não tão distante da nossa, os candidatos financiavam suas campanhas eleitorais com a arrecadação das vendas desses panfletinhos, ou melhor, santinhos.
O "santinho" de Eduardo Costa, por exemplo, fora utilizado em sua campanha à vaga da presidência da República no ano de 1945, ficando este em segundo lugar, conquistando a graça de 2.039.341 eleitores, perdendo para seu opositor Eurico Gaspar Dutra que abocanhou 59% a mais dos votos. No caso de Jânio da Silva Quadros, o "santinho" foi um dos recursos utilizados como propaganda política eleitoral, conquistando sua vaga na presidência da República em 3 de outubro de 1960 com 5.636.623 votos.
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