13 de março de 2013

Verbo: quadro síntese

Verbo é o centro da informação de uma sentença, em torno do qual outros elementos se organizam. Ele pode indicar uma ação, um estado ou mudança de estado, um fenômeno da natureza, um desejo, etc.

Essas indicações estão sempre relacionadas a:


  • tempo (passado, presente, futuro).

  • pessoa do discurso (eu, tu, ele/a; nós, vós, eles/as).

  • modo (como é a atitude de quem fala ou escreve): indicativo, subjuntivo e imperativo

  • voz (ativa, passiva e reflexiva).

11 de março de 2013

Tipologia textual: Injunção

Texto Injuntivo É o texto que instrui, que orienta, que dita norma ou procedimento. Por isso, os verbos no imperativo, que ordenam ou sugerem, lhes são característicos. Possui dois tipos: instrucional e prescritivo. Também podem ser tomados como híbridos. (texto híbrido – é o texto que pode comportar em sua estrutura, ao mesmo tempo, outros gêneros e tipos textuais).

a) Instrucional: quando a orientação dada não é coercitiva, não é necessariamente uma ordem, mas uma sugestão ou um conselho.
Ex:
a) o conteúdo ou os recados de um livro de autoajuda;
b) o manual de instruções de um aparelho eletroeletrônico;
c) o código de conduta quanto à higiene;
d) a receita de um bolo;
e) a receita para passar no vestibular.

b) Prescritivo: quando a orientação é uma imposição, uma ordem propriamente dita.
Ex:
a) a bula de um remédio ou a receita de um médico ao seu paciente;
b) a Constituição Federal ou mesmo o Código Penal;
c) os textos da Gramática Normativa da Língua Portuguesa;
d) os manuais de guerrilha e os regulamentos militares;
d) as cláusulas prescritivas de um contrato de locação ou serviço;
e) as exigências de um edital, no caso de concursos públicos;
f) o código de ética dos senadores e deputados.

Fonte: www.aridesa.com.br/.../manual_uece_2012.1.pdf

3 de março de 2013

Narrativas de aventura


 Uma NARRATIVA DE AVENTURA consiste  em ações desenvolvidas pelo protagonista de uma história de aventura,  normalmente, é um valente herói que vive as mais surpreendentes situações. O aventureiro não se abate diante dos sucessivos desafios e envolve-se numa sequência de peripécias para escapar do perigo. A ação é um elemento fundamental da narrativa de aventura.
As aventuras não são poucas: caças a tesouros, visitas noturnas a cemitérios, perseguições de bandidos uma enrascada em uma caverna, etc.

O enredo de uma narrativa de aventura é composto das ações das personagens, organizadas em uma sequência de situações. 

Personagens: algumas marcas podem ser estabelecidas aos personagens como a astúcia e esperteza empregadas para se livrar das situações perigosas em que se envolve.

Foco Narrativo – posição tomada pelo narrador ao contar uma história.
O narrador-personagem - conta na 1ª pessoa a história da qual participa também como personagem.
O narrador-observador - conta a história na 3ª pessoa, sem participar das ações. 

Essas narrativas, em geral, apresentam a seguinte estrutura:

Apresentação ou situação inicial: o narrador explica algumas circunstâncias da história. Apresenta a época, o local e os personagens que participam da narrativa. Os espaços e as personagens são apresentados em uma situação que pode ser de desequilíbrio ou de tensão.

Complicação: início das adversidades ou dos conflitos em que as personagens principais são envolvidas.

Ações das personagens: são motivadas pela complicação e pelos objetos das  personagens.

Desfecho ou resolução: ocorre quando a complicação é solucionada.

Situação final: uma nova situação é estabelecida.

A caracterização do espaço compõe a ambientação do enredo da narrativa de aventura. Nas narrativas de aventura, o suspense prende o leitor ao texto, e a caracterização do espaço pode contribuir para isso. A descrição de cores, sons e objetos na caracterização do espaço colabora para a criação do suspense. 


Texto narrativo: Uma aventura de outro mundo

O texto que você vai ler abaixo conta a história de Alex, um garoto que vive uma aventura de outro mundo...

“[...] Por volta das três da madrugada um zumbido enlouqueceu os cachorros da cidade. Vira-latas e cães de raça uivavam desesperadamente. Pareciam ter escutado vibrações que somente eles captam e os homens jamais percebem. A louca sinfonia canina atravessou as fronteiras de São Paulo e se espalhou em ondas pelas montanhas de Minas.
Alex viu três objetos do tamanho de grandes helicópteros aterrissarem à sua volta. Não teve dúvida de que se tratava de discos voadores, com design [desenho] parecido com os imaginados pelos artistas de histórias em quadrinhos. Aqueles OVNIs assemelhavam-se a pratos de sopa com as bordas voltadas umas contra as outras. Ao se aproximarem varreram a cerração com rotores especiais, abrindo um círculo de 150 metros de raio.
Seis estranhos seres, com escafandros branco-acinzentados, rostos escondidos nos capacetes, cercaram Alex. Carregavam, nos cinturões, misteriosos instrumentos. Suas mãos portavam canos grossos, semelhantes a bazucas. Atiraram ao mesmo tempo, e os projéteis acertaram o jovem em cheio.
Alex teve absoluta convicção de que fora aprisionado por extraterrestres. [...]”


(RANGEL, Paulo. Os semeadores da Via Láctea. Rio de Janeiro: Ao Livro T
écnico, 1993. In:
(http://nossodiarioceas.blogspot.com.br/2011/03/texto-narrativo-uma-aventura-de-outro.html)

Referência bibliográfica:

COSTA, Cibele Lopresti. Para viver juntos: português, 6. ano: ensino fundamental.1.ed. rev. - São Paulo: Edições SM, 2009.  

2 de março de 2013

Verbo: modo imperativo

O modo imperativo expressa ordem, conselho, convite, pedido. Esse modo é muito utilizado em textos que orientam o leitor a ter determinados comportamentos ou a realizar certas ações.




 Formação do imperativo

Não existe a primeira pessoa do singular no imperativo, pois, como é obvio não há a possibilidade de alguém dar uma ordem a si. Existem, para o imperativo, duas formas: a afirmativa e a negativa. O imperativo afirmativo ocorre quando a pessoa que fala deseja que alguém realize uma determinada ação. O negativo, que é o oposto, ocorre quando a ação não deverá ser praticada.

No imperativo afirmativo, a segunda pessoa do singular (tu) e a segunda pessoa do plural (vós) originam-se da segunda pessoa do presente do indicativo (singular e plural), sem o s. As outras formas do imperativo afirmativo são as mesmas do presente do subjuntivo.

No imperativo negativo antepomos a partícula não às formas de todas as pessoas do presente do subjuntivo.


O imperativo pode ser substituído nas ordens instantes por um verbo no infinitivo:

 Quem nunca viu um filme de guerra em que o comandante do pelotão diz aos seus soldados: "Pelotão, atacar!" ou outras expressões próximas a esta? Neste caso, temos uma ordem a ser seguida de modo iminente, ou seja, que deve ser realizado imediatamente, naquele instante.

O imperativo pode ser expresso de modo polido quando, por exemplo, usamos expressões do tipo: por favor, por gentileza, por obséquio, tenha a bondade de, etc.

Por favor, faça a coleta seletiva.

A ordem pode ser suavizada quando usamos o verbo querer  + infinitivo:

Queira sentar-se nesta cadeira até o médico chamá-la.


O uso do imperativo varia de acordo com a situação de produção do enunciado. 
Em situações formais utiliza-se o verbo na terceira pessoa do imperativo em concordância com o pronome e a pessoa a que se refere.
Em situações informais, a concordância entre o pronome e o verbo nem sempre segue a norma-padrão. Há uma mistura entre as pessoas do discurso, e o imperativo pode ser conjugado também na segunda pessoa verbal.

Referência bibliográfica:

EVANILDO, Bechara. Moderna gramática portuguesa. - 37.ed.rev.ampl. e atual.conforme o novo Acordo Ortográfico. - Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.

LIMA, Rocha. Gramática normativa da língua portuguesa. 50.ed. - Rio de Janeiro: José Olympio, 2012.

COSTA, Cibele Lopresti. Para viver juntos: português, 7. ano: ensino fundamental.1.ed. rev. - São Paulo: Edições SM, 2009.